O CÉU ESTÁ EM FESTA: Há 47 anos atrás nascia Lesane Parish Crooks, a.k.a Tupac Amaru Shakur

Foto por Chi Modu


Lesane Parish Crooks, a.k.a 2Pac, a.k.a Tupac está completando 47 anos hoje. Ele é o ser humano que me fez gostar de rep, graças a faixa póstuma “Until the End of Time”, lançada em 2001.

Eu era moleque, papo de 12, 13 anos... tinha ganhado um mp3 de uma colega da minha mãe que tinha chegado de viagem dos EUA e trouxe para mim. Lembro como se fosse hoje eu abrindo de qualquer jeito para tê-lo em mãos logo. Me arrojo dizer que o primeiro som do gênero rep que ouvi foi “Vida Loka” do Racionais MC’s. Mas meti as caras na curiosidade logo após uma fugaz visita ao Wikipedia, onde conheci toda sua discografia. Logo, ouvi mais suas músicas no YouTube e fui dar aquela busca no 4shared e baixei toda sua discografia.

Não sei como “Until the End of Time” foi parar no meu mp3. Até hoje fico de cara tentando entender. O que lembro é que digitei “rap” no Ares, na época, e baixei milhares de músicas daqui e de fora... E de lá para cá, me aprofundei na história do 2Pac como uma pessoa enlouquecida pela sua religião, que mata e morre por ela.

2Pac, mesmo com suas letras abruptas mas reflexivas, com seu flow extraordinário, abriu meus olhos em vários aspectos da vida, porque foi o primeiro repper que eu tive um contato visceral. Eu já navegava pela internet, já existia o site de traduções do Terra, e eu me embriagava lendo e condecorando frases para um dia ficar relendo no meu bloco de notas.

Através de músicas profundas como “Changes”, pude notar que certas coisas nunca vão mudar e será assim “Until the End of Time”. Pude perceber que “U Can Be Touched”, porque somos seres humanos, mas nem todo mundo “Can't C Me”. Eu não sei o que é a “Thug Passion” que ele cita, mas você pode “Toss It Up” se quiser. Mesmo que eu tenha “Tattoo Tears” em minha pele, ainda assim sofrerei com as “Temptations”, porque elas me perseguem como os invejosos “All Eyez On Me”. O mundo é difícil, egoísta, mas “Life Goes On”, dentro ou fora da minha “Old School”. Minha “Dear Mama” me ensinou a ser um grande homem, e eu precisei honrar o fardo, porque “Life's So Hard” e o tempo não pára. Hoje, mais inteligente, sei me cuidar melhor, e sou cônscio de que a “Death Around the Corner” esperando a próxima vítima. Aprendi a dizer “Fuck the World” quando percebi que ele é repleto de pessoas idiotas torcendo pelo meu fracasso. Logo, notei que dizer “Fuck Friendz” é uma maneira de eu me tornar mais meu amigo e depender menos da amizade alheia, porque no fundo, morremos sozinhos. Não quero saber de “Reincarnation”, nem você, Lesane. Portanto, mesmo que estas sejam as “Last Wordz”, deixo claro que minha admiração por você é como “Unconditional Love”, e eu vou permanecer “Keep Ya Head Up”, porque meu lema é “Hold On, Be Strong”. Nunca fui “Hellrazor”, tampouco fiz “Skandalouz” por aí. Vivo pelo amor, porque eu sei “How Do U Want It”. Absorvi “Just Like Daddy”, e peguei a visão correta da coisa. E em hipótese algima “I Ain’t Mad At Cha”. Sem rancor, sem negativismo. Enxerguei que “Only God Can Judge Me”, e ninguém mais! O que eles dizem não pode me atingir. Estou aqui, “Ready 4 Whatever”, com “So Many Tears” escorrendo pelo meu rosto, ouvindo trilhas sonoras da minha vida. E se alguém um dia me subestimar, eu “Open Fire” para cima deles com meu espírito de “Hit ’Em Up”.

Vamos celebrar!

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