Biografia: Antraz Mentalz, um artista de responsa


Antraz Mentalz é um dos malucos mais sinistros que temos no rep nacional. Mesmo ele não sendo mainstream e não tendo tanta notoriedade, sua arte se resume em muita força de vontade para ser melhor a cada trampo disponibilizado na rua. Com parcerias emblemáticas como no disco Bastardos Inglórios do Cartel MCs, ele segue trabalhando para marcar mais que pneu na pista. O RDL o entrevistou para conhecer um pouco sobre essa carreira longa e sinistra.


RDL: Conte como foram os primeiros passos.

Antraz: Primeiramente, obrigado pela oportunidade de poder falar um pouco sobre a minha carreira musical.

Comecei a compor os meus reps em meados de 2006, mas sempre tive muita influência da música rep em minha vida. Sempre fui um letrista nato. Fazia músicas de capoeira e gostava muito de cantar quando tinha rodas por onde eu morava. Acho que foi daí que peguei o gosto pela composição.

Você já tinha isso como meta?

O meu sonho sempre foi cantar, sempre foi rimar. Eu via alguns shows de rep aonde eu morava e sempre tinha vontade de estar no palco falando sobre as minhas ideias.

Quando tudo começou de fato?

Foi em 2002, quando ganhei um rádio-gravador do meu pai junto com duas sacolas cheias de fitas. [Risos] Na época eu ainda não era muito bom em rimas… ficava apenas gravando o que passava nos programas de rep que eu escutava. E foi em meados de 2006 que resolvi escrever o meu primeiro rep, “A Caminhada”. Gravei essa música na casa do meu grande amigo Enigmatiko que me deu essa oportunidade única.




Você teve algum influencer para começar a produzir?

[Enigmatiko] ainda me orientou a produzir os meus próprios beats. O tempo passou e um ano depois eu consegui juntar dinheiro e comprar um notebook; instalei o FL Studio e comecei a fazer as minhas próprias batidas. Desde então foi só progresso.

Como surgiu esse apelido, o que ele significa?

“Antraz” era um apelido que me foi dado na escola. Uma vez levei um pouco de farinha de trigo e falei para todos que era Antraz. Eu era meio idiota e poderia me foder gravemente por isso; mas todo mundo levou como brincadeira e isso passou.

Como você define a sua arte?

Sempre gostei de expor os meus sentimentos — angústias e crises existenciais — nas minhas músicas. Talvez seja por isso que eu sou referência no estilo que eu sigo aqui no Brasil.

Seu primeiro trabalho foi Sentimentos Expressados. Conte de modo sucinto como foi isso e o que lhe rendeu.

Este projeto saiu em 2008. Foi um trabalho muito importante para mim, onde eu vi qual caminho eu queria seguir. Depois as coisas foram fluindo.

Você sempre teve facilidade para escrever?

Sim. Criar músicas nunca foi problema para mim. Eu creio que tenho mais ou menos uns 30 álbuns, dos quais 4 foram disponibilizados fisicamente. E digo que o rep é a minha vida. Rimar e produzir beats é o que eu sei fazer, é o que eu me sinto na obrigação de fazer cada vez melhor. Sei que tenho o respeito e a admiração das pessoas que eu admiro. Eu respiro música e quero chegar até o fim da vida respirando ela!

Vejo uma afinidade maneira entre você e o Ber MC (Cartel MCs).

Sim, eu tenho uma grande parceria com ele. Inclusive, no próximo álbum Bastardos Inglórios contará com 3 ou 4 beats meus. É uma grande honra. Me sinto penhorado.

Quais os seus equipamemtos de produção?

O bom e velho Acid Pro 7, FL Studio 11, Battery 4 e minha nega MPD 32 — e não menos importante, meu parça Samsung Core 13.

Obrigado por conceder esta entrevista, irmão. Sucesso para você! Quer deixar um salve e pá é só falar.

Então… quem quiser acompanhar o meu trabalho é só seguir nas redes sociais: página no Facebook e se inscrever no YouTube.

ANTRAZ MENTALZ, DE 2008 PARA SEMPRE.

Agradeço mais uma vez pela oportunidade e pelo espaço.

3 comentários:

  1. Antraz é referência pra mim. Um cara que merece notoriedade e maior reconhecimento, de fato!

    ResponderEliminar
  2. O melhor pra mim, único!! O Mestre 🤘💙

    ResponderEliminar
  3. esse é o cara! curto demais seus sons

    ResponderEliminar